É fácil amar o outro quando ele está feliz,
quando o papo é leve, o riso é farto, nas festas agendadas no calendário
do de vez em quando. Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não
acredita em mais nada. E entende tudo errado. E perde o charme. Difícil
amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente
ele se mostra ser ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele
seja. Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram
embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na
plateia. Quando o seu pedido de ajuda, que exige que a gente saia do
nosso egoísmo, do nosso sossego, para caminhar ao seu encontro. Difícil é
amar quem não está se amando. Mas esse talvez seja, sim, o tempo em que
o outro mais precisa se sentir AMADO. Eu não acredito na existência de
botões que façam as dores piores desaparecerem, nos tempos mais
difíceis, por pura mágica. Mas eu acredito em Deus, na fé que tenho nEle e no
amor que recebemos de quem não desiste da gente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário